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Ela nasceu para ser gente

21:28Aline Calisto
Era mais um dia em que a mente ecoava por todo o corpo um grande "O que você está da vida? O que você quer? Para onde você vai?". Não foi a primeira vez que isso aconteceu, não foi a primeira vez que nada ao redor fazia sentido, não foi a primeira vez em que o viver parecia um grande borrão, como um desenho feito por uma criança de 2 anos, ao qual nem ela mesma entende. Ela também não foi a primeira a sentir isso e não seria a última.

Nunca foi boa em decidir. Entre A e B, ela quer o alfabeto por inteiro. Sempre teve mais de um desejo. “O que você quer ser quando crescer?”, eles perguntavam. Ela não sabia. Queria ser bailarina, cantora, escritora, viajante, ter super poderes, ser bonita, ser amada e tudo que sua imaginação permitisse. O que ela podia fazer?

Ser médica? Doutora? Advogada? Nada disso importava. Poderia ser o caminho para o sucesso e prestígio social, mas não fazia o seu coração bater mais forte e os olhos brilharem de alegria. E, mais uma vez, o que ela podia fazer por ser assim?

O mundo parecia não entender e, o tempo todo, insistia em fazer as mesmas perguntas. Tentavam limitar uma mente ilimitada e rotular o que não pode ser rotulado. E quem disse que ela não poderia arriscar em algo totalmente novo? Quem disse que ela precisava seguir o padrão? Quem disse que ela não podia abandonar o emprego para colocar a cara no sol? Quem disse que ela não podia arriscar em algo novo? Quem disse que ela não podia ter super poderes? Quem disse?


Ela sabia que existia mais de um caminho a trilhar. Na verdade, há um universo de possibilidades, ela queria testar até encontrar o seu.  Também acreditava que seus sonhos poderiam ser reais e guardou no coração uma frase de Clarice Lispector que dizia: “Ela acreditava em anjos e, porque acreditava, eles existiam”. Eles existiam.

Ela também aprendeu que, tudo bem não saber o que fazer, tudo bem não ter certeza do futuro. A vida vai muito além do que as pessoas falam, muito além de números, notas e contas no banco. Tudo bem não saber de tudo. No fundo, ninguém sabe, e todos possuem o próprio tempo para descobrir. Quiçá, este seja o grande segredo da vida.

Talvez, ela soubesse as respostas. Mas, ainda não era a hora dela e ela sabia. 

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Complemento: ouçam este vídeo de um minuto e foquem na última fala. É disso que se trata todo este texto.
 
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Precisamos falar sobre casamento

19:19Aline Calisto
Com 3 meses de namoro, ele me deu um anel de compromisso. Um ano depois, ele me deu um anel mais bonito e me pediu em casamento. A data do Grande Dia já tínhamos desde o primeiro mês de namoro: seria em dezembro de 2016. E foi assim… Para alguns, rápido demais. Para nós, o tempo necessário. 

Estamos há menos de três meses para o nosso casamento e tenho passado por uma fase bem difícil com relação a isso. As pessoas não são boas em dar conselhos sobre casamento ou parece que é crime querer iniciar um novo ciclo beirando os 22 anos. Comumente, alguém se espanta ao saberem minha idade e que estou prestes a dizer sim.

- Nossa, você já vai casar? - elas perguntam constantemente.
- Sim, gente, vou, não seria esta a lei da vida? Nascer, Crescer, Reproduzir e morrer? Então, tô seguindo o plano, porque o espanto? - eu penso.

Tem sido uma fase difícil porque as pessoas estão mais preocupadas em falar o quanto é difícil do que o quanto pode ser bom. Talvez até pensem que é obrigação delas mostrarem o trabalho que dá viver junto, dizerem que o chão não se limpa sozinho, que a comida gostosa da mamãe se limitará aos domingos de almoço em família ou que, agora, você quem tem que lavar e passar a sua própria roupa e, mais, a do marido também.

Realmente acredito que as pessoas se orgulham disso e batem no peito para dizerem “É… pelo menos, eu avisei”. Mas, já parou para pensar que ninguém casa achando que vai ser um mar de rosas? Já parou para pensar que, depois de falar tantas tragédias sobre vida a dois, você vai acabar traumatizando a outra pessoa?


Eu me sinto assim: traumatizada. E, tem dias, que um sentimento de medo percorrem meu corpo de uma maneira inexplicável. Nunca acreditei que seria fácil, é um desafio e tanto, eu sei. Tem cueca para lavar, tem pia de louças que parecem infinitas, tem duas cabeças com manias diferentes que vão ter que se entender, tem o desafio financeiro de dividir por dois, tem tudo. A convivência, a adaptação, as mudanças não serão fáceis, é verdade. Mas, a vida nunca foi fácil e nunca será.

Muitas bandeiras são levantadas ao redor da instituição divina que é a família, não é mesmo? Vejo muitas pessoas criticarem A e B por levantarem cartazes contra o "modelo tradicional", mas, será que não somos nós que estamos acabando com a família? Nós, ditos conservadores, que no lugar de incentivar mostramos um bicho de sete cabeças. Será?

No entanto, deixa eu te contar: também tem o outro lado. Tem um mundo de descobertas, tem desafios diários e instigantes, tem um tom de liberdade e independência, tem aconchego no final do dia, tem dormir sentindo o coração do outro bater bem pertinho, tem planos para uma vida inteira, tem risadas porque o outro finalmente conseguiu fazer o café perfeito, tem uma nova vida, tem um lar.

Se você tem uma experiência negativa disso, guarde para si. Deixem que os jovens se casem, não deixem que eles desacreditem do casamento. Se duas pessoas se amam, gostam um do outro verdadeiramente, possuem um relacionamento saudável (lê-se: sem traições, brigas constantes, ciúmes que beiram a obsessão, entre outros problemas), deixem que se casem. Eles vão sobreviver.
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Espalhe o amor!

21:27Aline Calisto
Por mais antiga que seja, há verdades que nunca deixarão de ser verdades. E, duas delas, os mais velhos enfatizam muito bem que "você recebe, aquilo que dá" e "humildade é tudo". Guardei no coração e levei para a minha vida profissional, aprendi que fazer coisas "de graça" pode te render um excelente contrato futuramente (e, no final do texto, vocês irão entender).

Há um ano, iniciei o Mil Vezes Sim, com o intuito de compartilhar a minha saga de noiva e de criar uma marca que ainda não existia em Campina Grande: o primeiro blog de casamento. Durante este primeiro ano, guardei outra lição: o início nunca é fácil, mas o importante é começar.

Ainda lembro do primeiro evento de casamento em que participei, silenciosamente, registrando tudo, sem intenção alguma. Outros, com acesso restrito, fazia de tudo para participar, persistia, ia atrás da organização, falava do blog e mostrava o interesse em estar no evento. Resultado: Em outubro de 2015, conheci a atual assessora comercial do MVS, ela era uma das organizadoras de um evento aqui na cidade e enxergou além. Ela viu em nós um futuro, ela viu o potencial do veículo. A lição? Mesmo sem ganhar nada em troca, queria estar nos eventos e mostrar tudo no blog. E, um dia, recebemos o retorno.

Com o blog em ascensão, algumas empresas começaram a querer "alguns testes" para ver se teria algum retorno, na falta de números impressionantes. Poderíamos ter ignorado, negado, batido o pé e falado "não vamos fazer papel de besta, fazendo propaganda gratuita", mas enxergamos ali uma oportunidade de fazer amizade com a marca/fornecedor. Hoje, muitas viraram parceiras e, mesmo que não seja oficial, dizem mil vezes sim para nós quando precisamos.

Mas, sabe o que me entristece? O fato de poucas pessoas serem assim. Vejo muitas blogueiras pequenas, que tem nem mil seguidores, mas que se recusam a ajudar os outros, que só querem fazer algo se for receber algo em troca, isso desde uma curtida a um post no blog. É aquela velha (porém, nova) história "só venha a nós e vosso reino nada".

Então, só queria relembrar o que falei no início: a gente recebe, aquilo que dá. Se você só pensa em $$ e não aceita fazer nada sem retorno financeiro, você pode perder excelentes oportunidades. O contrário também é recíproco, quando você exala amô, você também atrai isso. Antes de uma marca/empresa, investir em você, ela precisa te conhecer, não só números, mas também seu caráter.

That's all! Um xêro e até mais ;*
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Felicidade que o Ano Novo ainda não me trouxe

19:18Aline Calisto
foto retirada do tumblr
Nada é tão nosso,
quanto nossos sonhos

Sabe quando você olha para um novo ano e deposita todas as expectativas e acha que tudo será fantástico? Afinal, um novo ciclo se inicia... Comigo foi assim, mas confesso que ainda não encontrei a parte feliz do Ano Novo. Eu sei que ainda estamos no começo e muita coisa vai acontecer daqui para o fim do ano.

Mas, as coisas não estão boas. Minha virada foi mega deprê e isso seguiu-se por vários dias. Na segunda semana, semana do meu aniversário, um ente querido da nossa família faleceu, imagina o clima desta semana? No dia do meu aniversário, 8, passei o dia me estressando com o banco e nada foi resolvido (a propósito: fuja do Bradesco sempre que puder), resumindo: não teve nenhuma comemoração.

Ainda sobre o meu aniversário, decidimos comemorar no dia 9, para não passar em branco. Tinha combinado com meu noivo de saímos de tarde e quando estávamos nos arrumando: uma bela chuva. O que salvou mesmo, foram as ótimas amigas que Deus me concedeu e a surpresa que elas (feat. meu noivo) fizeram quando voltei para casa. Acho que foi o ponto alto do mês.

Hoje, no décimo quarto do mês, perdi uma manhã inteira tentando gravar para o Mil Vezes Sim, mas sem sucesso. A tarde, mais uma ida ao banco, mais uma desculpa, mais uma viagem perdida, mais um prejuízo na conta.

De uma coisa eu sei: não foi assim que eu mentalizei esse início de ano. Sonhei, sonhei e sonhei muito com a chegada de 2016, sorria só de imaginar que será o ano do meu casamento, o ano que minha graduação chegaria ao final (mas, tinha uma greve no meio do caminho, no meio do caminho tinha uma greve), o ano do blog, o ano perfeito.

Acho que esse foi erro: expectativa demais. "Esqueci de lembrar" que nem tudo na vida são flores. Tento não condenar este ano por completo, criar boas expectativas, mas confesso que está difícil. Pois, mal começou e já quero pular para dezembro.

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